…a poesia, é esta febre ardendo em demasia!

11 de setembro de 2011

PARA AMAR-TE


© Márcia Sanchez Luz


Se para amar-te
for preciso a bruma
dar-te-ei o sol
pra clarear teus dias

Se para amar-te
for preciso a seiva
dar-te-ei o solo
em que o alento brota

Se para amar-te
for preciso o canto
dar-te-ei as cordas
com que vocalizo

Se para amar-te
for preciso a lua
dar-te-ei o orbe
onde habita Artêmis

E se ainda assim
achares que é pouco
dar-te-ei minhas lágrimas
cedidas por Netuno.

Um comentário:

  1. Márcia, na leitura pelo oposto, considerada a partícula "se", brota, de imediato, a certeza que para amar-te, o objeto da oferenda, só é precisaria do teu riso...
    Emociona pelo conteúdo e prende pela simplicidade, ritmo e cadência. Beijos, minha amiga.

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