PARA AMAR-TE
© Márcia Sanchez Luz
Se para amar-te
for preciso a bruma
dar-te-ei o sol
pra clarear teus dias
Se para amar-te
for preciso a seiva
dar-te-ei o solo
em que o alento brota
Se para amar-te
for preciso o canto
dar-te-ei as cordas
com que vocalizo
Se para amar-te
for preciso a lua
dar-te-ei o orbe
onde habita Artêmis
E se ainda assim
achares que é pouco
dar-te-ei minhas lágrimas
cedidas por Netuno.
Márcia, na leitura pelo oposto, considerada a partícula "se", brota, de imediato, a certeza que para amar-te, o objeto da oferenda, só é precisaria do teu riso...
ResponderExcluirEmociona pelo conteúdo e prende pela simplicidade, ritmo e cadência. Beijos, minha amiga.