Frenesi
© Márcia Sanchez Luz
Aos pedaços me atiro em movimentos
Frenesi, momento insano, me questiono
Se o que vivo é o que espero de minha vida
Se ao teu lado vou me achar na despedida
Mesmo em sonhos, tropeçando em descaminhos
Sou quem sou, não tenho nada que me impeça
De alcançar-me mais adiante, sem ter pressa
Vou viver meus sentimentos sem ti mesmo...
E ao dizer-me assim sem traços de amargura
Sou de ti meu descaminho que não mente
E que sente a dor da perda que consente.
(Do livro “Porões Duendes”)
Márcia não admite "talvez", quanto a ser uma das poetisas de melhor qualidade (forma e conteúdo) que este momento insípido da cultura literária nos impõe. Seria igualmente jóia rara em qualquer outro momento.
ResponderExcluirA delicadeza e limpidez de suas composições têm a força e a profundidade dos escritores sem máscaras e sem máculas, cujo ofício não é a auto-exaltação estéril, mas, o de trazer-nos maior consciência do mundo.