…a poesia, é esta febre ardendo em demasia!

19 de junho de 2011

Ao Som de Madrigais


No ocaso deste acaso em que me vejo,
me perco em muitas curvas longilíneas:
tuas mãos em meus cabelos, benfazejo,
ao som de madrigais nas noites minhas.

Prefiro o teu perfume ao meu incenso
de mirra ou de jasmim quando em teu colo!
Porém quando te afastas, te dispenso.
Não queiras que eu te queira, não me imolo!

E por não ser mentira é que profiro
que a noite não passou de uma cantiga
deixada ao léu depois de alguns suspiros.

Tampouco vou querer ver teu delírio
em busca de um prazer que não mitiga
a sede deste amor que em vão aspiro.

© Márcia Sanchez Luz

*Do livro “Porões Duendes”

2 comentários:

  1. Olá Marcia, amei os sonetos, muito lindos e apaixonantes!
    Bj da Gena

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  2. Gena, muito obrigada pelo carinho de sua leitura. Volte sempre.

    Beijos

    Márcia

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Obrigada, volte sempre!